Móveis
Quase qualquer tipo de madeira pode ser utilizada para a fabricação de móveis, mas algumas são preferidas por sua beleza, durabilidade e utilidade. Antes de 1900, a maioria dos móveis era feita das seguintes madeiras: nogueira, carvalho, mogno, pau-rosa, de árvores frutíferas, compensados e marchetados. A mobília americana colonial, de acordo com a disponibilidade local, era feita de bordo, carvalho, nogueira, bétula, cerejeira e pinho. As madeiras favoritas para móveis estavam sempre disponíveis. Madeiras menos atraentes ou duráveis eram usadas somente para as partes do interior de uma peça. Por essa razão, quase sempre vale a pena restaurar móveis feitos antes desse período.
Como as madeiras favoritas tornaram-se caras, escassas e raras, os móveis passaram a ser feitos com madeiras mais abundantes. Hoje, a maioria dos móveis é feita de freixo, pinho, e álamo. Pinho, abeto e outras madeiras mais baratas são usadas para as partes interiores. As madeiras raras são usadas somente para móveis muito bons e são frequentemente usadas com as madeiras mais baratas.
Ser capaz de identificar o tipo de madeira usado na sua mobília pode ajudá-lo a determinar seu real valor. A identificação da madeira pode, às vezes, ser o factor decisivo no momento de decidir se vale a pena restaurar uma peça ou deitá-la fora.
Neste artigo, mostraremos como examinar uma peça de mobília e quais detalhes ou marcas de identificação são usadas para definir o tipo de madeira que foi usada para fazê-la. Será útil conhecer as características básicas de todas as madeiras, como solidez, textura e cor.

Solidez: o modo mais simples de descrever uma madeira é dizer se ela é dura ou macia, mas essa descrição pode ser ilusória (nem todas as madeiras duras são duras, nem todas as madeiras macias são macias). A classificação dura/macia é botânica - madeiras duras são árvores de flores; as macias são coníferas. Há alguns casos de madeiras macias que são mais duras que as madeiras duras.
Em geral, madeiras duras são mais valiosas do que as madeiras macias, porque são raras. Mas não é sempre assim - faia, por exemplo, é uma madeira dura que compete em preço com as macias. Um modo mais prático de identificar a madeira é pela sua textura e cor.

Textura e cor: a estrutura da célula de uma árvore determina sua textura. Madeiras duras têm células tubulares chamadas veios, visíveis como poros na madeira. Se as células são grandes, a textura da madeira é ligeiramente áspera ou aberta; um material para preencher pode ser necessário para amaciar a superfície. Se as células são pequenas, a textura é macia; estas madeiras, descritas como de textura fechada, não precisam de preenchimento. Carvalho, nogueira, freixo, mogno, pau-rosa e teca são madeiras de textura aberta; faia, bétula, bordo, cerejeira, acetinada e álamo são de textura fechada. Madeiras macias não têm células com veios, mas podem ser consideradas de estrutura fechada.

Todas as árvores têm anéis de crescimento, feitos das células formadas durante a estação de crescimento do ano. Os tipos e organização das células determinam o tipo de madeira . Há madeiras com textura baixa e claramente definida; há texturas rectas, listradas, em espiral, em ondas ou com efeito de caracóis, ondulações, nós e manchas. Há cores que vão do branco e do amarelo pálido ao vermelho, roxo e preto.

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